O mundo moderno existe e funciona com ânsias de eternidade, embora não saiba. Basta ver como se organizam empresas, grupos, associações, sempre com vistas a extrapolar suas próprias existências. Nós mesmos nos enchemos de coisas a fazer, pensar, trabalhamos incansavelmente para passarmos finais de semana prolongados sem fazer nada. E quando finalmente acabam lá vamos nós pensando nas férias, nas festas de final de ano, no próximo final de semana, e assim por diante.
Vamos deixar bem claro que não sou contra o descanso e
o repouso, nada disso! Quem trabalha precisa descansar, mas não deve ser um
descanso inativo, mas ativo: cultivar um hobby, ler bons livros, dormir bem,
encontrar amigos, passear... há uma infinidade de opções sadias e boas.
Mas... Não haverá nada mais a esperar da vida além
disso?
O evangelho do 33º domingo do tempo comum nos obriga a
pensar nisso (Cf.: Mt. 25, 14-30). Um senhor deixou com três servos cinco, dois
e um talento. O talento era uma medida de riqueza, e equivalia a vinte e cinco
quilos de prata, o que na época era um dinheirinho bom, igual prêmio da Lotofácil. Pois bem, o senhor – que na
verdade é Deus – dá dons para cada um de nós, mas espera que a gente os faça
frutificar com boas obras quando ele vier nos visitar.
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