sábado, 22 de dezembro de 2018

Reflexões de Natal: o que posso dizer


Dentro de poucos dias comemoraremos o Natal aqui no Brasil. Nestas últimas semanas vi shoppings centers lotados, a Rua 25 de Março engolfada num mar de gente, e todos nós envolvidos num frenesi inescapável de compras e consumo.
Ao mesmo tempo os noticiários de manhã até tarde da noite nos apresentando um longo desfile de crimes e criminosos de todos os tipos, tudo isso temperado por Youtubers testando o vocabulário feminista, lacrando e perdendo seguidores – mas insistindo em lacrar! - denúncias e mais denúncias contra o governo futuro, presente e passado.
Talvez isso explique porque há tão poucos enfeites e presépios realmente natalinos pelas ruas, casas, prédios e praças de São Paulo - SP. Se para a maioria o Natal é apenas troca de presentes, agora que estamos num contexto de desemprego endêmico e falta de dinheiro provocado pelos desgovernos anteriores em todas as esferas de poder, não há o que comemorar. Neste sentido este provavelmente será um dos natais mais sem graças dos últimos tempos.
Perdemos a essência do ser brasileiro: sua simplicidade e religiosidade. O resultado não poderia ser outro: nos afundamos na nossa maior crise ética jamais vista e achamos que crescimento como nação é apenas consumo, que as leis, feitas pelos homens vão segurar a má índole dos que detém o poder (“A lei: ora, a lei...”, dirão os maldosos, elevados ao status de celebridades). Aqui reside o nosso maior erro: esquecemos o que somos e o que já fomos.
A solução é voltarmos às nossas tradições mais profundas: a família, a religião, as amizades sinceras. É claro que essa proposta aparentemente reacionária[1] não recriará o passado, mas construirá um novo futuro. Um futuro que ao se voltar às origens mais longínquas do ser brasileiro vai se libertar das amarras das ideologias mais extravagantes e estranhas. Será apenas assim que começaremos a sair desse lamaçal que nós mesmos construímos.

Tudo isso pra explicar porque termino este brevíssimo texto desejando um Feliz Natal a todos os meus seguidores e amigos.
Natal de verdade é com o nascimento de Cristo na manjedoura, junto a Maria Santíssima e São José. Cristo que é Deus encarnado, e que desde toda a eternidade decidiu vir ao nosso mundo, tornar-se homem e viver como nós semelhante a tudo, exceto no pecado. Um Deus tão poderoso e ao mesmo tempo tão humilde: nasceu na província mais pobre do Império Romano, no vilarejo mais pobre dessa província e no seio de uma família jovem e pobre.
Esse sim é o verdadeiro sentido do Natal.
Papai Noel foi a Coca-Cola quem fez.

Edison Minami.


[1] O porque de eu apontar a volta à tradição como reconstrução do futuro e não como uma mera volta do passado em bloco ao presente – que seria o projeto reacionário propriamente dito -, espero explicar nos meus próximos posts.

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