Dentro de poucos
dias comemoraremos o Natal aqui no Brasil. Nestas últimas
semanas vi shoppings centers lotados, a Rua 25 de Março engolfada num mar de
gente, e todos nós envolvidos num frenesi inescapável de compras e consumo.
Ao mesmo tempo
os noticiários de manhã até tarde da noite nos apresentando um longo desfile de
crimes e criminosos de todos os tipos, tudo isso temperado por Youtubers
testando o vocabulário feminista, lacrando e perdendo seguidores – mas insistindo
em lacrar! - denúncias e mais denúncias contra o governo futuro, presente e passado.
Talvez isso
explique porque há tão poucos enfeites e presépios realmente natalinos pelas
ruas, casas, prédios e praças de São Paulo - SP. Se para a maioria o Natal é apenas
troca de presentes, agora que estamos num contexto de desemprego endêmico e
falta de dinheiro provocado pelos desgovernos anteriores em todas as esferas de
poder, não há o que comemorar. Neste sentido este provavelmente será um dos
natais mais sem graças dos últimos tempos.
Perdemos a essência
do ser brasileiro: sua simplicidade e religiosidade. O resultado não poderia
ser outro: nos afundamos na nossa maior crise ética jamais vista e achamos que
crescimento como nação é apenas consumo, que as leis, feitas pelos homens vão
segurar a má índole dos que detém o poder (“A lei: ora, a lei...”, dirão os
maldosos, elevados ao status de celebridades). Aqui reside o nosso maior erro:
esquecemos o que somos e o que já fomos.
A solução é
voltarmos às nossas tradições mais profundas: a família, a religião, as
amizades sinceras. É claro que essa proposta aparentemente reacionária[1]
não recriará o passado, mas construirá um novo futuro. Um futuro que ao se
voltar às origens mais longínquas do ser brasileiro vai se libertar das amarras
das ideologias mais extravagantes e estranhas. Será apenas assim que
começaremos a sair desse lamaçal que nós mesmos construímos.
Tudo isso pra explicar
porque termino este brevíssimo texto desejando um Feliz Natal a todos os meus
seguidores e amigos.
Natal de verdade
é com o nascimento de Cristo na manjedoura, junto a Maria Santíssima e São José.
Cristo que é Deus encarnado, e que desde toda a eternidade decidiu vir ao nosso
mundo, tornar-se homem e viver como nós semelhante a tudo, exceto no pecado. Um
Deus tão poderoso e ao mesmo tempo tão humilde: nasceu na província mais pobre
do Império Romano, no vilarejo mais pobre dessa província e no seio de uma
família jovem e pobre.
Esse sim é o
verdadeiro sentido do Natal.
Papai Noel foi a
Coca-Cola quem fez.
Edison Minami.
[1] O porque de eu apontar a volta à
tradição como reconstrução do futuro e não como uma mera volta do passado em
bloco ao presente – que seria o projeto reacionário propriamente dito -, espero
explicar nos meus próximos posts.
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